Workshop de Resultados: Bioempreendedorismo Comunitário nos países de implementação A2.0

No dia 09 de novembro de 2022, a Coordenação Regional do Projeto A2.0 convocou o workshop virtual "Bioempresas comunitárias nos países que implementam o projeto Amazônia 2.0", onde foram socializadas as principais conclusões, resultados e recomendações do processo de consultoria com o mesmo nome.

Esta consultoria, realizada durante 2022 por uma equipe de profissionais liderada por Jorge Rodríguez, nasceu de uma necessidade encontrada ao longo da implementação do projeto em termos de busca e geração de alternativas econômicas sustentáveis para garantir a boa vida dos povos amazônicos. Embora o projeto Amazônia 2.0 trate fundamentalmente de aspectos de monitoramento comunitário, durante seus anos de implementação, a relação entre o desenvolvimento de atividades de monitoramento e a sustentabilidade financeira dos povos e comunidades, ambos componentes de uma governança territorial eficiente, tornou-se evidente.

A essência da contribuição deste produto de consultoria, no âmbito do A2.0, está no mapeamento inicial de bioempresas nos 6 países onde o projeto foi implementado, procurando entender seu funcionamento e relação com o manejo eficaz das florestas comunitárias. Entendendo que os territórios indígenas têm as florestas mais bem conservadas do planeta, é fundamental dar importância a atividades econômicas sustentáveis que garantam qualidade de vida para a comunidade, contribuindo para a economia indígena e apoiando a preservação das florestas, da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.

Gustavo Solano, membro da equipe de consultoria, liderou o workshop virtual onde apresentou as principais conclusões do trabalho de pesquisa, que são coletadas em um documento final que será distribuído virtualmente. Entre os detalhes mais relevantes do estudo, temos:

  • A construção de um banco de dados integrado de 1.045 bioempresas amazônicas, incluindo características de cada empreendimento, priorização de bioempresas e recomendações para sua implementação e cadeias de valor, tanto aquelas que ocorrem na floresta, fora da floresta, em Áreas Naturais Protegidas (ANP) e territórios indígenas.
  • Principais avanços das instituições para o desenvolvimento de bioempresas.
  • Número de bioempresas por país, e sua localização em territórios indígenas ou áreas naturais protegidas.
  • Produtos bioempresariais e critérios para sua priorização, incluindo artesanato, frutas, pesca, mel, cacau, turismo, entre outros.
  • Características das cadeias de valor, consolidadas ou com potencial.
  • Análise e principais conclusões das bioempresas priorizadas.
  • Condições de capacitação e recomendações para seu desenvolvimento.

A apresentação foi encerrada com uma reflexão sobre as ideias-chave a serem destacadas, enfatizando que "Bio" não é definido pela origem, mas pelo cumprimento de certos critérios socioambientais, também associados ao investimento limpo. Também sobre a importância de tornar visível a contribuição indígena às bioempresas, reconhecendo seus conhecimentos ancestrais, bem como a importância da abordagem paisagística e a abordagem de gênero nessas atividades.

A coordenação regional do projeto Amazônia 2.0 encerrou o workshop agradecendo aos participantes por sua presença e participação e informando da próxima publicação do documento resultante do trabalho da equipe de consultores.